Histórico da cozinha libanesa

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Conheça mais sobre o histórico da cozinha libanesa, aspectos caraterísticos, tradições & costumes.

Dizemos cozinha sírio-libanesa porque somente nestes dois países do mundo árabe são encontradas as receitas de nossos restaurantes.

Os para nós habituais quibes, esfihas e tabule não são comuns em países árabes como Líbia, Marrocos, Iraque, Egito, Arábia Saudita e outros países que fazem parte da "Comunidade Árabe", formada por 21 países.

Em contrapartida, os Libaneses também adotaram para o seu cotidiano pratos característicos dos outros países árabes tais como o M'luhie e o Falafel:

M'luhie* - "O Prato dos Deuses", o prato mais nobre da cozinha árabe, é originário do Egito. Servido habitualmente nos meses de verão e em ocasiões especiais de confraternização, este prato (refogado de frango e músculo) tem como importante característica a sua excepcional digestão. Também é praticamente o único prato da cozinha árabe que dispensa a presença de qualquer outra comida à mesa.

Falafel* - Também originário do Egito, o Falafel faz parte hoje do hábito alimentar de Sírios e Libaneses. Servido na forma de saladas ou enrolados no pão, esses "bolinhos", compostos basicamente de favas, grão de bico, pão, salsinha e especiarias, também são encontrados com freqüência em Israel e Nova York.

A fartura e a variedade de comida em uma mesa árabe, além de fazer parte de seu cotidiano, serve também para homenagear e mostrar o afeto do anfitrião ao seu convidado. Geralmente nestas ocasiões o anfitrião prepara um banquete que espera ser inesquecível e faz de conta que nada preparou de especial. Por sua vez, os convidados devem comer além do seu habitual para demonstrar sua satisfação com a generosidade e hospitalidade do anfitrião.

Como contribuição dos árabes no tocante à gastronomia, temos plantas e especiarias que estão definitivamente incorporadas em toda a culinária do Ocidente.

Plantas: trigo, lentilhas, grão-de-bico, cana-de-açúcar, café, alho, cebola, dentre tantos outros.

Especiarias: açafrão, canela, gergelim, pimenta, cravo, noz moscada, cominho, páprica, coentro, cebolinha, salsa e hortelã, que valiam quase que seu peso em ouro e deram origem às grandes navegações nos séculos XV e XVI.

Ainda dentro de um conhecimento geral a respeito da culinária libanesa, destacamos produtos que não são comuns em nossas terras e ficaram praticamente restritos ao Oriente:

  • ÁGUA DE ROSAS e ÁGUA DE FLOR DE LARANJEIRAS (MA'WARD e MA'ZAHR) - Líquidos bastante perfumados, extraídos de flores e utilizados em doces e caldas.
  • ALMÍSCAR (MISK) - Resina vegetal utilizada para aromatizar doces
  • ARAK - Aguardente destilado de uvas e aromatizado com anis.
  • CARDAMOMO (HÂL) - Sementes utilizadas secas no café.
  • ESSÊNCIA DE ROMÃ (DIBS RUMMAN) - Xarope de suco de romã, utilizado em substituição ao limão.
  • PIMENTA SÍRIA (BHAR) - Mistura de especiarias moídas, tais como: pimenta da Jamaica, pimenta do Reino preta e branca, canela, noz moscada e cravo.
  • PINHOLES (SNOUBAR) - Pinhões característicos do Mediterrâneo, cuja árvore precisa de cem anos para começar sua produção. Usado em ocasiões festivas nos recheios e decorações de pratos.
  • SUMAGRE (SUMMAC) - Pó de gosto bastante ácido, obtido da fruta com mesmo nome e usado para temperos de carnes.
  • ZÁHTAR - Especiaria composta por SUMMAC e SEMENTES DE GERGELIM
  • TOMILHO SECO - Usado como tempero em saladas, na coalhada seca ou acrescido de azeite de oliva e sal e comido com pão Árabe.