Cafezinho bom

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Enquanto escrevo este texto, bebo a terceira xícara de café do dia. São 14h25 e eu gosto muito dessa bebida. Virão outras doses ainda hoje. Junto com outros tantos brasileiros que apreciam o pretinho básico -- com ou sem leite, açúcar, adoçante, creme etc. -- ajudo a fortalecer a matemática da preferência. O Brasil é o segundo maior consumidor de café do mundo. Perde apenas para os Estados Unidos. Só em São Paulo, são mais de 24 milhões de xícaras por dia -- dados de 2008.

Como quase tudo na vida, recomenda-se moderação. Alguns ouvintes-leitores ficaram aborrecidos com a divulgação da pesquisa que ao associar o café às alucinações estaria denegrindo a imagem da bebida. Na verdade, o estudo diz que pessoas que consomem mais de sete doses por dia têm três vezes mais chance de acreditar ouvir vozes ou enxergar pessoas que já morreram. Trata-se de uma avaliação importante que pode ajudar os cientistas a descobrir o que desencadeia a alucinação (seria a cafeína? leia mais aqui) e, conseqüentemente, sinaliza que, talvez, o tratamento desse tipo de distúrbio possa se afastar um pouco dos medicamentos e aproximar-se dos hábitos alimentares. Não é uma má notícia. Muito menos a condenação do café.

Não vamos esquecer, portanto, algumas de suas tantas vantagens:

- em uma xícara existem duas substâncias que, na medida certa, estimulam o bom humor. É por isso que tanta gente não o dispensa na hora de despertar.
- estudos da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, mostram que seu consumo está ligado à menor incidência do diabete tipo 2.
- duas outras pesquisas, uma feita em Honolulu e a outra na China, indicam que o consumo freqüente reduz em pelo menos 20% o risco do mal de Parkinson
- é estudada ainda a possibilidade de a bebida diminuir os perigos de câncer de bexiga e cólon

Viva o cafezinho, com moderação: em casa, no restaurante ou nas melhores cafeterias. Saúde.