Produção de Macadâmia

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Começou a colheita da macadâmia em São Paulo. Só o município de Dois Córregos deverá produzir mais de 250 toneladas. De origem australiana, a noz conquista cada vez mais espaço na indústria e no gosto do consumidor.

Fruto que cai e produtividade que sobe. Tirar lucro da macadâmia requer sacrifício. É de joelhos que tudo começa. Cada catadora recolhe até 600 quilos por dia. Até abril há muito a se colher. O país tem cerca de mil hectares plantados. No ano passado a produção nacional foi de três mil toneladas.

“Hoje o plantio de macadâmia no Brasil está principalmente no Estado de São Paulo. Mas existe plantio no sul de Minas, sul da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Ela tem uma longevidade de 40 a 50 anos de produção. Hoje, ela é destina tanto a pequenas quanto a grandes propriedades. Tem um retorno interessante e é uma cultura que não demanda tratos culturais tão diferentes de outras culturas. Então, é uma planta bastante interessante de se trabalhar”, explicou o agrônomo Leonardo Massahoa.

O agricultor João Camili vai fazer a primeira boa colheita nos dois hectares que ocupou com macadâmia há quatro anos. Mas enquanto esperava a nós render, dividiu espaço também com o café e o feijão. Só ganhou fazendo isso. “Eu resolvi fazer uma alternativa com café e macadâmia. E aproveitar a macadâmia como um quebra-vento e ter uma renda futura. Está dando um excelente resultado”, justificou.
As primeiras mudas da planta chegaram ao Brasil por volta de 1935. Mas a macadâmia só se tornou viável comercialmente na década de 80. Por falar em comércio, dois mil e nove promete ser um ano de bons negócios para quem investiu na cultura.

“O maior consumo é torrada e salgada como um aperitivo, mas cresceu muito ultimamente a parte de recheio de chocolate. Muitas indústrias de chocolate estão começando a utiliza - lá”, falou José Eduardo Camargo, representante da Associação Brasileira de Macadâmia.

Com a alta do dólar as exportações também voltaram aos planos das indústrias. “Houve uma equalização do preço do dólar em relação ao real, o que estimula a exportação. Então, esse ano vamos ter os dois mercados para trabalhar. Quanto tem mais opções você fica com a possibilidade de lucratividade maior”, disse Maria Thereza Igreja, empresária.

Data Edição: 20/01/09
Fonte: Globo Rural